Prezado leitor, vamos brincar de ser racionais.
Muito se especula sobre quem é Maria Helena, porém poucos se interessam em pesquisar.
Não estou pedindo que se formem verdadeiros PHD´s em viciados e paranóicos; tampouco quando essa viciada e paranóica sou eu. Até porque, prezo pelo meu direito de coexistir em paz com os outros seres humanos.
Eu não sou um adulto frustrado, tampouco fui uma criança rejeitada. Tive amor, uma família estabilizada, um lar saudável, estudei em bons colégios e tive namorados que me davam flores e me levavam ao cinema. Mas a capacidade humana de percepção é espetacular e a mesma me fez perceber que tudo não passa de uma fachada.
Não que tudo seja falso, mas tudo tem seu lado ruim. Descobri que olhar o lado ruim pode tornar o lado bom melhor do que já é. Só pra salientar, não sou maniqueísta; tudo pode ter também um terceiro ou quarto lado.
Não sou afetiva? Engana-se. Amo minha filha, que é o meu maior motivo pra querer continuar participando dessa farsa. Claro, tenho minhas limitações em relação a ela, mas creio que é melhor assim.
Não escolhi ser assim, me criaram assim. Sou obra do projeto de adulto de uma certa Pequena tão doente quanto eu, que admira a degradação do corpo e da alma em prol de um cérebro ativo e racional. Não reclamo por ser assim, como ela quis. Só acho ruim não ter minha filha comigo. Mas, como já disse antes, é melhor assim.
Não faço questão que gostem de mim; nunca pedi isso. E não quero que leiam esta porra deste blog porque alguém pediu; mas porque eventualmente você precisa ler alguma coisa que soe e doa como um bofete do seu melhor amigo depois de contar pra ele alguma merda que você fez; e que, no final das lágrimas, te faça acordar pro que é ou não real ou que pelo menos provoque reflexões. Não tenho a menor intenção de ficar enchendo seu saco com minha vida, os processos que me levaram a ser assim e o que quero ou não para minha vida, apesar de já ter feito tudo isso. Só quero esclarecer que não sou um monstro, tampouco minha Pequena é louca. Sou só o produto de uma crise de insônia.
Pseudônimo?
Não.
Heterônomo.
Simplesmente Maria Helena.
Não a que vai existir.
Abraço.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Desabafo embriagado ao leitor.
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3 comentários:
Eu queria muito compartilhar esse pensamento com você. Não sei se é assim que devera chamar. Mas muitas eu também sinto uma necessidade enorme de poder gritar ou falar ou murrar ou apenas escrever quem habita dentro de meu mundo. E seu pensamento coligiu com o meu. Muito interessante. Parabéns, Maria Helena.
Abraço
Sophia
O que existe são apenas pensamentos.
Pensamentos são reais e abstratos.
M.H., beeeijos!
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