Eu quero o azul implacável do céu
Eu quero a essência de tudo o que existe
Eu quero o sorriso de crianças brincando
Eu quero a alma de qualquer ser humano
Eu quero a graça de ser alienado
Eu quero o poder sedutor de Afrodite
Eu quero a ira dos Titãs das lendas gregas
Eu quero a sabedoria dos profetas
Eu quero a curiosidade dos alquimistas
Eu quero o grito de um encarcerado
Eu quero o choro de um bebê esfomeado
Eu quero o vermelho da maçã de Eva
Eu quero a insanidade dos amantes
Eu quero a coragem dos ébrios
Eu quero a agonia do Limbo
Eu quero a força de Sansão
Eu quero o caos da segunda
Eu quero a paz do domingo
Só para expressar o que eu (não) sinto.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Caos (Mental)
O mundo tá acabando...
O ano também...
Minha vida tá uma merda...
Meu vizinho tá reclamando do som alto...
Insônia...
Inferno...
Desgosto...
Medo...
Café...
Comprimidos...
Comunicação não- verbal num país monossilábico...
Jovens alienados...
Adultos acomodados...
Poluição ambiental/visual/sonora...
Espécies extintas...
Aquecimento global...
Filhos matando pais...
Pais abandonando filhos(quando não, matando também)...
Carros blindados e casas gradeadas...
Bandidos de colarinho branco à frente do parlamento...
Anjos armados no Oriente Médio...
Anjos morrendo na África...
Anjos caindo nas penitenciárias...
Conspirações nacionais...
Capitalismo predatório...
Engolindo sapos e mastigando migalhas...
A que ponto chegamos?
A que pontos vamos chegar?
Eu tenho que parar de beber.
De fumar e de me dopar com pílulas.
Mas pra que?
Pra me deparar com o Limbo na Terra?
Não, obrigada.
Dopada até a morte!
O ano também...
Minha vida tá uma merda...
Meu vizinho tá reclamando do som alto...
Insônia...
Inferno...
Desgosto...
Medo...
Café...
Comprimidos...
Comunicação não- verbal num país monossilábico...
Jovens alienados...
Adultos acomodados...
Poluição ambiental/visual/sonora...
Espécies extintas...
Aquecimento global...
Filhos matando pais...
Pais abandonando filhos(quando não, matando também)...
Carros blindados e casas gradeadas...
Bandidos de colarinho branco à frente do parlamento...
Anjos armados no Oriente Médio...
Anjos morrendo na África...
Anjos caindo nas penitenciárias...
Conspirações nacionais...
Capitalismo predatório...
Engolindo sapos e mastigando migalhas...
A que ponto chegamos?
A que pontos vamos chegar?
Eu tenho que parar de beber.
De fumar e de me dopar com pílulas.
Mas pra que?
Pra me deparar com o Limbo na Terra?
Não, obrigada.
Dopada até a morte!
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
O último e primeiro beijo.
O dia tão esperado havia chegado. Ela estava ansiosa, com os cabelos presos num rabo solto, vestia jeans e camiseta branca, all- stars pretos e a pulseirinha azul que ele tinha dado.
Ele...8 anos de amizade. Muitas risadas, beijos, lágrimas e sorrisos que compartilharam. Não ia acabar, claro; mas 6 meses separados iriam deixar marcas incríveis de saudades. Mas ela queria o intercâmbio; havia lutado pra isso.
"Eu te levo no aeroporto", ele disse no telefonema de manhã. Foi o suficiente para instalar nela a semente da paranóia:
"Meu cabelo não tá bom"
"Será que ele vai me achar gorda nessa blusa??"
"Quero que ele guarde uma imagem legal de mim"
"Porra, eu o amo!"
A campainha tocou. Ela dava as últimas pinceladas com o delineador quando ouviu o amigo de infância cumprimentar sua mãe. Encontraram-se na sala minutos depois, num abraço caloroso, já cheio de saudades. Ela chorou:
"Ei, não vá borrar a maquiagem! Vai que teu príncipe encantado esteja no avião."
Não, ele não estava tão longe assim.
No carro, o silêncio reinava. Ela soluçava baixinho no banco de trás do carro segurando a mão dele, deitada no ombro dele, recebendo cafuné...dele.
Chegaram no aeroporto, puseram as malas num carrinho e foram circular enquanto os pais dela resolviam detalhes das bagagens. Conversavam, riam, beijavam-se como sempre faziam, como já estavam acostumados...só que de mãos dadas.
Última chamada. Sem perceber, ele apertou-lhe a mão como se aquele gesto valesse por todas as vezes que não o faria nos próximos 6 meses. Como voltaria? Mais bonita? Com outro cabelo? Mais mulher? Namorando? Não importava. Só a queria de volta. 6 meses tinham de passar logo.
No portão de embarque, beijos e abraços nas figuras materna e paterna. Festival de "Cuide-se", "Te esperamos", "Te amamos". Ela também os amava.
Chegou a vez dele. Sonhara com aquilo e iria fazê-lo.
Abraçaram-se, como sempre.
Afagaram-se, como sempre.
Trocaram um "Eu te amo muito", como sempre.
Beijaram- se, como nunca.
Imaginou que seria correspondida, mas não tão desejada. Não imaginou aqueles braços que sempre a abraçaram em momentos de medo e felicidade, enlaçarem-lhe a cintura de maneira tão sôfrega. Beijou-o como nunca beijou ninguém antes, como nunca beijaria ninguém na vida.
"Eu te espero", ele disse.
É...6 meses passariam logo.
Ele...8 anos de amizade. Muitas risadas, beijos, lágrimas e sorrisos que compartilharam. Não ia acabar, claro; mas 6 meses separados iriam deixar marcas incríveis de saudades. Mas ela queria o intercâmbio; havia lutado pra isso.
"Eu te levo no aeroporto", ele disse no telefonema de manhã. Foi o suficiente para instalar nela a semente da paranóia:
"Meu cabelo não tá bom"
"Será que ele vai me achar gorda nessa blusa??"
"Quero que ele guarde uma imagem legal de mim"
"Porra, eu o amo!"
A campainha tocou. Ela dava as últimas pinceladas com o delineador quando ouviu o amigo de infância cumprimentar sua mãe. Encontraram-se na sala minutos depois, num abraço caloroso, já cheio de saudades. Ela chorou:
"Ei, não vá borrar a maquiagem! Vai que teu príncipe encantado esteja no avião."
Não, ele não estava tão longe assim.
No carro, o silêncio reinava. Ela soluçava baixinho no banco de trás do carro segurando a mão dele, deitada no ombro dele, recebendo cafuné...dele.
Chegaram no aeroporto, puseram as malas num carrinho e foram circular enquanto os pais dela resolviam detalhes das bagagens. Conversavam, riam, beijavam-se como sempre faziam, como já estavam acostumados...só que de mãos dadas.
Última chamada. Sem perceber, ele apertou-lhe a mão como se aquele gesto valesse por todas as vezes que não o faria nos próximos 6 meses. Como voltaria? Mais bonita? Com outro cabelo? Mais mulher? Namorando? Não importava. Só a queria de volta. 6 meses tinham de passar logo.
No portão de embarque, beijos e abraços nas figuras materna e paterna. Festival de "Cuide-se", "Te esperamos", "Te amamos". Ela também os amava.
Chegou a vez dele. Sonhara com aquilo e iria fazê-lo.
Abraçaram-se, como sempre.
Afagaram-se, como sempre.
Trocaram um "Eu te amo muito", como sempre.
Beijaram- se, como nunca.
Imaginou que seria correspondida, mas não tão desejada. Não imaginou aqueles braços que sempre a abraçaram em momentos de medo e felicidade, enlaçarem-lhe a cintura de maneira tão sôfrega. Beijou-o como nunca beijou ninguém antes, como nunca beijaria ninguém na vida.
"Eu te espero", ele disse.
É...6 meses passariam logo.
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