terça-feira, 30 de outubro de 2007

O amor de Narciso

Eu quero o azul implacável do céu
Eu quero a essência de tudo o que existe
Eu quero o sorriso de crianças brincando
Eu quero a alma de qualquer ser humano
Eu quero a graça de ser alienado
Eu quero o poder sedutor de Afrodite
Eu quero a ira dos Titãs das lendas gregas
Eu quero a sabedoria dos profetas
Eu quero a curiosidade dos alquimistas
Eu quero o grito de um encarcerado
Eu quero o choro de um bebê esfomeado
Eu quero o vermelho da maçã de Eva
Eu quero a insanidade dos amantes
Eu quero a coragem dos ébrios
Eu quero a agonia do Limbo
Eu quero a força de Sansão
Eu quero o caos da segunda
Eu quero a paz do domingo


Só para expressar o que eu (não) sinto.

Um comentário:

Sofia O. disse...

A leveza de tuas palavras acalentam a cidade agitada, pois nem sempre se encontra abrigo num lugar "seguro"... Paz pra ti.

Sophia Fidélis