domingo, 23 de maio de 2010

"Enjoy the silence..."

M.H te enxerá as entranhas com reflexões. Se não estiver a fim, favor ir ao próximo post. Obrigada.

Já falei que detesto o silêncio?
"Mas Helena! É algo tão raro no mundo barulhento de hoje em dia!"
E daí, caramba?
Silêncio pra mim sempre foi sinônimo de morbidez, de falta de vida, de vontade, de interesse.
Quem cala não consente... desiste.
O silêncio não traz a paz... traz o medo.
A alegria do riso acaba com o... silêncio.
A vida de uma casa se vai com o ... silêncio
Duas pessoas em silêncio são dois seres que abdicam do seu direito de expressão.
Uma pessoa calada é uma pessoa sem companhia (o que nem sempre é ruim, mas a maior parte das vezes é).
Uma pessoa silencia diante de outra... se não é porquê está ouvindo, é desprezo.
Eu não sei apreciar o silêncio. E deve ser por isso que minha casa está sempre com o som alto, com o cachorro latindo, com minha filha vendo TV. Ou comigo mesma fazendo algum ruído na cozinha (deve ser por isso que amo pipoca; adoro comida barulhenta). Silêncio pra mim nunca foi boa coisa: sempre significou coisa alguma, e com "coisa alguma" eu não sei conviver.
Eu até tentei. Minha mãe, em uma de suas raras visitas ao meu apartamento, me avisou do barulho de carros constante na minha janela, da minha obsessão pelo barulho, da minha falta de paciência com o banheiro silencioso. Até quando eu ia a um lugar verde eu providenciava fones de ouvido!
E eu, poluída do jeito que sempre fui, nem ligava.
E não ligo mesmo.

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