Escrever acompanhada de uma caneca de café (dispensei o cigarro porquê tou gripada): foi assim que eu escolhi comemorar a última hora desse fatídico 25 de abril, regado à chocolate, visita de amiga que mal tem tempo pra cagar e comer (te amo, Lua), muita febre e retrospectiva da última viagem.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Vinte e um
Escrever acompanhada de uma caneca de café (dispensei o cigarro porquê tou gripada): foi assim que eu escolhi comemorar a última hora desse fatídico 25 de abril, regado à chocolate, visita de amiga que mal tem tempo pra cagar e comer (te amo, Lua), muita febre e retrospectiva da última viagem.
sábado, 16 de abril de 2011
Infelicidades, exceto por uma noite
Você pediu e assim se fez
A felicidade não passou perto
Não se sentiu nem o cheiro
O cheiro do encontro com o outro
Nem o da grama no jardim
Nem mesmo o do orvalho sobre a folha
Você falou que não queria ouvir palavra alguma
Foi o que se fez e nada se ouviu
Nem o som da música no bar
Nem o blues tocado pelo cego da esquina
Nem o do fogo acendendo um cigarro
Nem o da voz chamando com carinho
Você estava cheia das pessoas e queria estar sozinha
Era uma lady com voz de menina querendo seu cantinho
Era uma mulher que queria curtir o lençol da cama
Ouvir o som da fumaça saindo pela boca
Ver aquele filme que não via há tempos, nem que seja sentada na janela
Nem mesmo a sombra poderia fazer companhia, luzes apagadas então
Você pediu e assim se fez
Você queria me ver um pouco longe
Tentei não ser mais um chato por perto
Espero que o cigarro signifique um pouco de saudade
Saudade do som, daquela música a tocar e o cego no blues
Um último cheiro no pescoço que é para não deixar passar
A felicidade passou longe todo o ano
Mas, naquela noite ela foi só sua
Fui apenas sua a felicidade
E apenas sou por uma noite
Um pouco de felicidade, cheiro e companhia.
Yan Soares. Para sua mãe, Maria Helena Sobral.
Mulheres que não tem medo
De rir, falar alto e gesticular desenfreadamente.